Elas
Quando se reúnem em roda, elas dançam, cantam, oram, falam de seus medos, dores, culpas, conquistas. Choram, riem, divagam, meditam. E, a cada temporada, assumem a sua deusa. E as deusas dançam entre elas e com elas. Com seus coloridos véus e pés descalços, elas as enlaçam não pelas cinturas, mas pelas almas e lhes ensinam a ler estrelas, a preparar poções, a celebrar solstícios. Ensinam-lhes também a perdoar, a princípio as suas próprias falhas, humanas que são e frágeis e inconstantes. Atrapalhadas em suas vontades. Perdidas em suas lembranças. Ávidas por serem felizes. E a noite avança em luz e paz. E as almas todas se aquietam…
(Ludmila, para as minhas mulheres do Círculo. Saudades de vocês, meninas deusas:Oyá, Ártemis, Amaterasu, Kuan Yin, Rhianon, Ceridween, Brígida, Khali, Hator, Bast, Ísis, Iemanjá, Oxum, Shakti, Lakshmi, Patchamama, Eostre, Héstia, Sheela Nagig, Afrodite, Sofia, Iansã… )
Muito lindo o que você escreveu! Também faço parte de uma Roda de Mulheres, mas aqui em Curitiba.Nós nos reunimos para dançar: Danças Circulares. É muito bom! Um abraço para o seu grupo! Tatiana Martinelli
Obrigada pelo comentário, Tatiana. Ter um grupo de mulheres é bom demais! Nós também praticamos as danças circulares, mas o enfoque de nosso grupo é no estudo dos arquétipos femininos representados pelas deusas, que mudamos a cada ano. Apareça sempre, é um prazer ler os recados dos amigos! Bjs