Hoje é Domingo de Ramos.
Lá longe, em minha infância, a missa no Monastério Ortodoxo de Vila Alpina era tão festiva! A igreja toda florida. Os fiéis traziam ramos de plantas enfeitados com flores e fitas para serem abençoados com água benta e levados para casa, para ficarem junto aos ícones o ano inteiro, protegendo o lar.
Num domingo há dois mil anos, Jesus entrou festivamente em Jerusalém para, depois de poucos dias ser traído, julgado e crucificado junto a dois ladrões.
A semana que seguirá será de trevas. Panos escuros nos altares, procissões, jejuns, penitências. Depois, a Malhação de Judas. Pobre Judas. Hoje pairam dúvidas sobre a veracidade de seu ato.Ele vendeu mesmo seu mestre por algumas moedas, para entrar na história como um proscrito?
Mudou o mundo, mudaram os heróis, mudamos nós!
Já longe vai-se o tempo em que os carpinteiros aplainavam madeiras para as execuções, que Deus falava aos homens em meios às tempestades e que mulheres enxugavam com seus cabelos os pés dos profetas.
Quando nos afastamos de nossos deuses, traímos a nós mesmos!
Hoje eu colhi alguns ramos pelo caminho em volta de minha casa e os trouxe comigo, bentos pela chuva.Fiz isso em memória do Filho Deus. Meu coração ficou feliz. Minha alma aquietou-se. Toda a natureza é o templo vivo de meu Pai. Com ele me deito, com ele me levanto e dou-lhe graças à cada manhã que nasce. Bendito seja o seu espírito em mim, hoje e sempre! (Ludmila)
Não sei por que adiei tanto a visita a esse lugar, que só pelo conteúdo anunciado chamou a minha atenção.
Mas agora, não me culpo, suas palavras chegaram no momento certo, como uma brisa…e me fez chorar.
Beijo, Ludmila
Também adorei seu blog, Dani.
Espero que nossas afinidades nos mantenham sempre
unidas! Ainda vou navegar muito por seu espaço para conhecê-la melhor! Beijos e Feliz Páscoa!