Todos os objetos daquela casa tinham uma historia, que ela não se cansava de ouvir, extasiada. Os ícones, de Pskov, narravam os inúmeros casamentos, batizados e enterros celebrados na família. O samovar, feito em Tulla, descrevia os invernos rigorosos regados a chá e novidades; as cartas, tantas, diziam das saudades geradas pelas separações inesperadas; as fotos expunham sua genealogia; os tapetes, rotos, as inúmeras viagens pelos continentes, embalando sonhos. Mas, um tímido frasco, descoberto na gavetinha secreta do móvel entalhado em madeira antiga, guardava sua historia hermeticamente fechado. Levou dias para destampá-lo, sem danificar a delicada rolha. E quando o abriu…a dor represada fê-la verter tantas lágrimas que, rapidamente cerrou o frasco, sem forças para vivenciar aquele enredo.
(Ludmila)
Melhor mesmo cerrar os frascos … verter lágrimas só de alegria !!!
Com certeza, amigo…Mas às vezes, os aromas vencem todas as nossas resistências…Abraços!
Ludmila, essas suas historias tão concisas são demais!
ADORO!
Beijos de sua fã
Lucia
Lucia, que bom que gosta!
Grande beijo e reflita-se sempre nesse espelho!
A introdutora dos males mas também da força, da dignidade e da beleza, e a partir da abertura da sua caixa o ser humano não pode melhorar a sua condição sem enfrentar adversidades. Pega a Esperança….Amei
Querida Mara Lucia,tão bom ter você sempre junto, na vida e nos escritos! Grande beijo, amiga!
Sempre é delicioso ler suas palavras… sempre uma bela reflexão.
Deixar fechado por muito tempo estraga o perfume, melhor espalhar!
beijos, querida!
Ju
Jussara, tão bom saber de você e ler seus comentários! Obrigada por encontrar tempo para me fazer uma visita, você, dona de tantos blogs maravilhosos! Beijos!