Poetas, seresteiros, namorados correi…
É chegada a hora de escrever e cantar/ Talvez as derradeiras noites de luar…”
Profetizam, os videntes de plantão, que nossa terra azul, tal e qual a conhecemos, chegou ao fim. O calendário Maya não mente!
O que eu já recebi de e-mails com informações, instruções, links, mensagens psicografadas por seres intergalácticos e espíritos de luz, encheria a memoria de vários pendrives.
Vamos às informações: No próximo dia 21 de dezembro (daqui a dois dias portanto) o sol vomitará labaredas de fogo tão poderosas que afetarão todos os satélites, motores, geradores, lanternas e faróis. A escuridão irá imperar por três dias. Os satélites cairão sobre a terra, aterrando nossos quintais de lixo sideral. Todas as comunicações serão interrompidas e o desespero será total. O conselho é abastecer a dispensa com alimentos não perecíveis, água, muitas velas e fósforos. E esse será apenas o início do tal do apocalipse.
A par disso, Nibiru, um enorme planeta caprichoso em sua órbita, que cruza os céus a cada 3.600 anos causará com sua passagem, uma inversão de eixos na terra provocando novas acomodações das placas tectônicas e mais ciclones, tsunamis, desmoronamentos. Todas as cidades praianas desaparecerão.
Noruega, antevendo tudo isso, já se antecipou, construindo um gigantesco silo subterrâneo onde armazenou cerca de 100 milhões de sementes e 120 tipos de arroz que preservarão nosso patrimônio agrícola para a nova civilização que aqui surgir.
Milionários do mundo inteiro também já asseguraram sua imortalidade construindo luxuosos bunqueres nos quais irão refugiar-se juntamente com a sua fortuna, na tentativa de sobreviver ao Cáos: os novos faraós enterrados vivos! Que homo os encontrará?
E nós, pobres mortais, homens sem eira nem beira, o que faremos?
Não sei quanto a vocês, mas eu pretendo sentar-me confortavelmente no sofá de minha sala, junto com meus poetas prediletos, uma bela taça de vinho tinto e aguardar com perfeita tranquilidade que se cumpra o meu destino humano, levando como única bagagem minha alma bem lavada…e mais nada!
Nos vemos antes do Natal, com certeza!
Beijos!
(Ludmila)
Saúde Lud !!!
Oi Ludmila,
Estava muito preocupado com a maneira de passar o fim do mundo. Pensei diversas maneira uma mais rocambolesca do que a outra e, quando dei por mim o tal dia havia passado e nada acontecera. Fiquei aliviado porque se o caos como previra os tais tivesse acontecido teria me pego com as calças na mão.
Hoje visitando os sites dos amigos me deparei com seu texto e achei sua ideia excelente para se esperar o fim do mundo. A taça de vinho, os poetas o o sofá e a alma lavada… Não existe maneira melhor.
A partir de agora não mais me preocuparei com o fim do mundo já sei como esperá-lo.
Que você tenha um final, um começo e um meio de ano maravilhoso e feliz.
Grande abraço,
Milton