Pânico – HELENA KOLODY
Não há mais lugar no mundo.
Não há mais lugar.
Aranhas do medo
fiam ciladas no escuro
Nos longes, pesam tormentas.
Rolam soturnos ribombos.
Súbito,
precipita-se nos desfiladeiros
a vida em pânico.
Não há desculpas para as tragédias: um show pirotécnico em local fechado, uma faísca, nuvens de fumaça,
uma porta sem saída. Saldo: 231 vidas de jovens universitários abortadas. Hoje só luto e dor nesse Rio Grande do Sul
de tanto sol e luzes! (Ludmila)
Estamos todos inconsoláveis com esta tragédia! Tantos jovens deixando suas famílias inconformadas.
Quando será o dia que a preocupação maior será pela segurança e bem estar das pessoas? Será que esta história tão triste servira de exemplo para que a vida humana seja mais bem cuidada? Por quanto tempo?
Estas questões deve estar na mente de todos, assim como deve estar também, as orações de tantos brasileiros preocupados com a dor dos familiares e dos amigos, destes que se foram tão prematuramente.