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Vejam a beleza que decobri na Internet!
Quando estive em Moscou, fiz questão de visitar a casa/estúdio de Victor Vasnetsov, o famoso pintor que ilustrou os mais lindos livros de contos de fadas russos, e que viveu de 1848 a 1926. Os personagens dos quadros, imensos, em seu estúdio de pé direito altíssimo, povoaram por muitos anos a minha infância, passada entre Baba Yagás, Princesas rãs, O tapete voador, Alionushka, o Principe Ivan e o Lobo Cinza e tantas outras, que me tornaram uma menina muito rica, e que hoje se mudaram para a mente de meus netos e das crianças com quem convivo, contando histórias.
Não imagino o mundo sem os contos de fada e sem a magia que permeia suas páginas. Não imagino a vida sem os livros, sem os escritores, sem os poetas. Uma pessoa que não se vacinou com o vírus do encantamento que a literatura contem, não conheceu dragões, fadas, duendes, corvos, unicórnios, tempestades e nem abismos. Nunca desvendou cavernas e nem ilhas repletas de tesouros. Não sabe das árvores falantes e nem das fadas e dos elfos. Como se pode viver assim? (Ludmila)
Arquivo do autor: Lu Saharov
Peraus, os cânions do Sul do Brasil II
Vista dos cânions do Parque da Serra Geral, Cânion Fortaleza, Cambará do Sul, RS.
Cânion Fortaleza, para mim, o mais bonito de todos!
Cânion FortalezaPara chegar à Pedra do Segredo, é preciso atravessar este rio, que forma a Cachoeira do Tigre Preto
Cachoeira do Tigre Preto, Cânion Fortaleza, Parque Serra Geral, Cambará do Sul, RS.
Cânion Fortaleza sob a neblina da manhã.
Na borda da cânion Fortaleza, Serra Geral, Cambará do Sul.
Olhando para a Pedra do Segredo, assim chamada porque ninguém sabe como um bloco monolítico de 5 metros de altura e de aproximadamente 30 toneladas pode se equilibrar em uma base de cinqüenta centímetros.
Pedra do Segredo no Cânion Fortaleza
Início da caminhada para o cânion Fortaleza na Serra Geral, numa distância aproximada de 3 km.
Um Graxaim no meio do caminho…Há muitos deles que vem ao nosso encontro em busca de comida. è proibido alimentar os animais pois eles se tornam preguiçosos para a caça.
A trilha para o cânion é íngreme, cheia de pedras e buracos e precisa de muita atenção na travessia.
Em manhãs ensolaradas e claras podemos avistar Torres, o mar e as dunas, como agora
Trilha para a Pedra do Segredo
O turismo nos cânions teve um impulso nas duas últimas décadas, e atualmente conta com uma rede de hospedagem diversificada. Na região dos Campos de Cima da Serra (RS), o foco é em hospedaria familiar rural; já na região litorânea se destacam as redes de pousadas, com preços variados e acessíveis a todos os bolsos, desde as mais sofisticadas até as mais simples. A exploração turística da região baseia-se principalmente no turismo rural e de aventura, tendo destaque os passeios guiados aos mirantes (belvederes) do planalto escarpado, e as trilhas guiadas a pé no interior dos cânions. O difícil acesso de alguns pontos de visitação determinou a criação de associações de guias no RS e SC. Estes profissionais são na maioria moradores locais, e são treinados e autorizados a realizar passeios turísticos na região. As distâncias para se chegar aos Parques Estaduais dos cânions, é, em média de 20 km (tomando-se como referência o centro da cidade de Praia Grande e o de Cambará do Sul) por estradas de terra até o ponto permitido ao tráfego de veículos, e a seguir, a pé, por trilhas, de aproximadamente 7 km de ida e volta, o que leva um tempo aproximado de 3 a 3hs e meia de caminhada. Algumas subidas (Cânion Fortaleza) são em terreno acidentado, em aclive, com muitas pedras soltas e passando sobre rios rasos que formam as cachoeiras. O percurso mais longo e difícil é pelo interior dos cânions, seguindo o curso por dentro do Rio do Boi. Leva aproximadamente 8hs ida/volta. A vista que se descortina, tanto dos cumes para os vãos profundos, como por dentro dos paredões é de uma beleza ímpar. A gente fica em estado contemplativo, sem vontade de retornar. No cânion de Itaimbezinho, há mirantes e proteção durante o trajeto. Nos demais, é a natureza em seu estado primitivo e o limite é onde a sua coragem e bom senso permitirem chegar. (Ludmila)
Peraus: Os cânions do Sul do Brasil I
Mirante do Parque Aparados da Serra, Itaimbezinho, Cachoeira das Andorinhas, RS.
Vocês conhecem a área dos Cânions do Sul do Brasil, que situa-se próxima à zona litorânea, constituindo parte da divisa dos estados de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS)?
A região conhecida também como “Aparados da Serra” contem a maior concentração de cânions do Brasil, cenário de atividades vulcânicas que cobriram cerca de 1.200.000 km2 e que estão associadas à ruptura do continente Gondwânico.
Parque Aparados da Serra, Itaimbezinho, Cambará do Sul
Vista do cânion de Itaimbezinho com turistas
A borda localizada à sudeste forma um conjunto de escarpas compostas pelo corte abrupto do Planalto dos Campos de Cima da Serra, através de paredões de rocha vulcânica. A área de ocorrência dos cânions possui uma extensão total de aproximadamente 250 km e mostra uma sucessão de despenhadeiros de até 900 metros de altura. Aliada à beleza cênica dos cânions (chamados de peraus pelos moradores) encontramos a região recoberta pelo que restou do Bioma da Mata Atlântica. Nos Campos de Cima da Serra surgem as florestas de araucárias e nos abismos a mata pluvial tropical atlântica.
Canion de Itaimbezinho, Parque Nacional de Aparados da Serra, Cambará do Sul, RS.
Cânion de Itaimbezinho, Aparados da Serra, Cambará do Sul, RS.
Cânion de Itaimbezinho, Aparados da Serra, Cambará do Sul, RS.
Nosso guia contou-nos que na região hoje preservada do Parque, na década de 40, funcionavam doze serrarias, que deixaram um saldo de apenas 3% das araucárias da região. O interessante é que a metade superior dos cânions pertence ao estado do Rio Grande do Sul, e a metade inferior ao estado de Santa Catarina.
A araucária é planta nativa do Brasil e remonta a 200 milhões de anos. Um pinheiro vive em média 600 anos. A exploração indiscriminada de sua madeira colocou-o na lista oficial das espécies de flora brasileira ameaçadas de extinção. Dos 20 milhões de hectares originais, restam hoje, no total, apenas 2% desta área.
Estrada de Terra de acesso ao Parque dos Aparados da Serra na serra do Faxinal
Serra do faxinal, estrada ligando Cambará do Sul à Praia Grande em Santa Catarina
Nosso carro, impróprio para a estrada, mas só fomos descobrir quando já passávamos da metade do caminho…
Vista dos cânions na beira da estrada da Serra do Faxinal.
Estrada da Serra do Faxinal: São 40 km de Cambará à Praia Grande
Cidade de Praia Grande vista do alto da Serra do Faxinal.
O acesso mais direto à região dos cânions passa por Praia Grande (Santa Catarina)e Cambará do Sul, pela rodovia SC 450, conhecida como Serra do Faxinal. A estrada, de terra e pedras, com uma vista surpreendente da Serra, encontra-se em péssimo estado, é estreita, de mão dupla e bastante perigosa, beirando precipícios, sem acostamento e nem guard rail. São 40 km que precisam de carro alto e robusto para vencê-los.
Paisagem de Praia Grande, Santa Catarina
Paisagem de Praia Grande, Santa Catarina
Turistas fazendo a travessia por dentro do cânion Itaimbezinho, partindo de Praia Grande, pelo Rio do Boi
Canion Itaimbezinho visto por dentro. Fotografia do blog:: http://www.
Cânion Malacara, em Praia Grande, Santa Catarina
Cânion Malacara, Praia Grande, Santa Catarina
O acesso até Cambará do Sul, pelo Rio Grande do Sul, é realizado por estrada asfaltada acessada a partir de Porto Alegre via Taquara, ou pelo polo turístico de Gramado-Canela. O acesso à Praia Grande pode ser realizado por Torres, no Rio Grande do Sul, (entrando-se no trevo que leva à Terra de Areia, até o trevo de Tainhas) ou por Santa Catarina, passando por São João do Sul e Santa Rosa do Sul.
No RS, as rodovias de acesso via-serra partindo de Porto Alegre são a BR-116 ou a RS-020. Na rota via litoral, a opção é a BR-290 que acessa a BR-101. Em SC, quando partindo de Florianópolis, o principal acesso é via litoral pela BR-101 que dá acesso às cidades de Praia Grande e Timbé do Sul.
No RS, a chamada Rota do Sol (RS-453/RS-486) é uma belíssima estrada recentemente pavimentada que liga a região serrana ao litoral norte gaúcho. O trajeto em questão possui cerca de 60 km, e conta com túneis e viadutos que cortam a chamada Serra do Pinto.
Rota do Sol paisagem da estrada
Rota do Sol paisagem da estrada
Rota do Sol paisagem da estrada
Rota do Sol paisagem da estrada
Noturno
Fragmento
Saudade
Dia das Mães
Largo, lindo, fundo…profundo!
Memórias dos soldados da FEB de Jacareí
Pracinhas da Força Expedicionária brasileira antes da partida para a Itália. Foto acervo de familia do expedicionário Luis Guandu.
Terminei de postar os depoimentos dos pracinhas jacareienses que lutaram na Itália na II Guerra Mundial.
No meu blog www.jacareitempoememoria.com.br os leitores interessados neste assunto encontrarão matérias interessantes, fotos e documentos inéditos e transcrições de livros sobre o Brasil na II Guerra Mundial, já esgotados. Apareçam! Tenho a certeza de que irão gostar! (Ludmila)
(Regresso dos soldados expedicionários brasileiros da Itália no navio PedroII
Cartão Postal recebido pelos ex-combatentes de Sua Santidade Papa Pio XII. Foto acervo da família do expedicionário Luiz Guandu
Corpo de enfermeiras da FEB no hospital de evacuação em Pistóia, Itália em 10/03/45 Foto Portal da FEB
Ensaio número 2 para o cultivo de desencontros
O que tenho eu para ofertar-te, pergunto, as palavras ressequidas em minha boca.
O que tenho para entregar-te a não ser a fantasia de minha presença em teu cotidiano, neste exercício de tantos desencontros.
O que tenho para dar-te de mim, que não sejam cicatrizes e um lanho à altura do umbigo, indicando a saída dos filhos que pari, há tantos anos… Há tantos anos!
Como fazer-te saber de cada uma de minhas pegadas: algumas nítidas, outras arrastadas por marés que quase me levaram junto, e às quais sobrevivi por teimosia, por desatino, por deixar-me flutuar neste mar da vida que ainda me sustenta em seu barco frágil!
Como oferecer-te o amarrotado de minhas lembranças, os sonhos liquefeitos pelo tempo e este limo escuro que recobriu minhas tantas esperanças e desejos?
Ah! Eu cavalguei por desertos e ravinas, usei bússolas desnorteadas e perdi-me de mim, em tantos labirintos…
Hoje só tenho para doar-te este silêncio brusco recoberto de arrependimento, que não mais consegue te encontrar!
(Ludmila)
imagem retirada do site: http://instagram.com/p/ZrONRzyK4D/