40 dias de chuva ininterrupta. A terra seria apenas uma miragem, não fosse a pomba e o seu ramo de oliveira. (Ludmila)
Imagem de René Magritte
Arquivo do autor: Lu Saharov
Conto Mínimo: Separação
Conto Mínimo: Pedido
O Brasil na II Guerra Mundial
na foto, de domínio público, oficiais aliados, dentre os quais O General Mascarenhas de Moraes, organizam ataques a Monte Castelo entre 1944 e 1945
Trechos do Livro “1942 – Brasil e sua Guerra quase desconhecida” de João Barone*
” Na ocasião, os integrantes do Grupo se depararam com um desafio que já demonstrava toda a a capacidade de improviso tipica dos brasileiros. Na cerimonia de formatura e desfile de boas vindas, a tropa americana cantou o hino de sua força aérea. Momentos antes do desfile brasileiro, como ainda não havia um hino da recem criada Força Aérea, o chefe do destacamento Cap Marcilio Gibson, ordenou que a tropa cantasse ” A Jardineira”, antigo sucesso de carnaval. Foi entoada com toda força pelos aviadores e serviu como hino informal do Senta a Pua.
Apos o desfile, os militares americanos cumprimentaram seus colegas brasileiros pelo belo e emocionante hino”
*João Barone, baterista do grupo Paralamas do Sucesso e aficcionado por assuntos da Segunda Guerra Mundial, procura relevar e analisar a participação do Brasil no conflito que sangrou o mundo. Filho de um dos mais de 25 mil pracinhas que lutaram na Itália, Barone dirige sua pesquisa pelo passado do pai e do país para unir dados, curiosidades e histórias emocionantes de uma campanha incrível que muitas vezes o próprio brasileiro desconhece.
Esta matéria e outras pertinentes às memórias dos pracinhas brasileiros na Itália, durante a II Guerra Mundial, podem ser lidas no blog: www.jacareitempoememoria.com.br
Aguardo sua visita!
A flor aberta do poema
É noite alta, mas o verso urge:
brota em palavras soltas em minha boca.
Tremem os dedos, antecipando letras
Na mão pousada em reverente espera.
E eis que surge a criação inteira
e a escrita, agora, é uma flor aberta
no campo sagrado do poema.
(Ludmila)
Zenilda Lua, Brisa Almeida e Reginaldo Poeta: escrevi para vocês!
Os sinais se fixam nas dobras da memória
Os sinais se fixam nas dobras da memória
Os sinais se fixam
nas dobras da memória
e a dor desperta o esquecimento:
raiz de tantos segredos que o tempo encobre.
Silêncio…silêncio…
Dormem as estrelas envoltas por uma luz
que há muito já não brilha.
A noite é um vagão povoado de espectros.
Eles, com gestos leves
desenham sinais, indecifráveis,
que se fixam nas dobras da memória
e esta dor…
(Ludmila Saharovsky)
Abismo de Rosas
Abismo de rosas (com licença poética de Americo Jacomino – Canhoto)
Grito teu nome
Sobre o abismo
e a paisagem renasce entre os rochedos.
Teu nome feito de barro e sementes,
vento e luz, é água viva, fonte de murmúrios.
Teu nome reverbera, arde em mim:
carne, sangue, seiva, raiz e fruto.
Teu nome – canto de amor
neste abismo de rosas.
(Ludmila Saharovsky)
Américo Jacomino (São Paulo 12 de fevereiro de 1889 — 7 de setembro de 1928) foi um importante compositor e violonista brasileiro, popularmente conhecido por Canhoto, em virtude de executar o dedilhado no instrumento com a mão esquerda, sem inversão do encordoamento. Canhoto foi um dos responsáveis por transformar o violão num instrumento musical “nobre”, uma vez que, até então, apenas boêmios faziam uso dele.
Sonho
Templo budista em Angkor Wat Camboja
E eis que surge o templo dentro do tempo
que orbita no silêncio da noite adamascada.
Deuses e demônios o povoam.
Um anjo se fragmenta nas alturas:
um murmúrio de seda se desprende de suas asas
e pousa em meu plexo desarmado.
O tempo exala mistérios que o templo absorve
com suas guelras de pedra e musgo.
Um soluço desprende-se de mim, estrangulado,
Enquanto o sono me acolhe, no exílio.
(Ludmila)
Tocando em Frente!
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Amigos, nestes tempos conturbados…um pouco de Paz!
Ilha de Torotama
Hoje fizemos um passeio até a Ilha de Torotama – 67km de Rio Grande (em tupi guarani local habitado pelos tatus canastras) Estrada de areia batida em área rural, muito horizonte e uma comunidade de pescadores à beira da Lagoa dos Patos. A paisagem é todo o atrativo do lugar. Quando a pesca é boa ( este ano a safra está ruim) compra-se camarão a bom preço, pescado na lagoa. Os moradores disseram que a praia é boa para se tomar banho, a água limpa e a lagoa rasa na beira, mas hoje, apenas alguns bois apreciavam a paisagem. E nós! (Ludmila)