Próxima ao Toriba, numa das regiões mais charmosas de Campos do Jordão, começa a estrada de acesso à Hípica Tarandu, o maior centro de lazer da cidade, onde você pode cavalgar, patinar no gelo, praticar arborismo, mini golf, tirolesa thunder, Orbit ( a bola que rola morro abaixo com você dentro) além de oferecer um excelente restaurante. É programa para um dia inteiro, nos 500 mil metros quadrados de área verde que o espaço oferece, imeperdível para toda a família. O Parque cobra ingresso para visita.
Arquivo do autor: Lu Saharov
Campos do Jordão: as montanhas são azuis
Qualquer que seja a época do ano, Campos do Jordão é sempre sinônimo de dias inesquecíveis em contato com a natureza. Engana-se quem imagina que Campos vive do aconchego das lareiras, dos chocolates quentes e dos fondues, dos hotéis cinematográficos e de seu já famoso Festival de Inverno de música erudita.
As tradiçõs européias de nossa Suiça Brasileira foram introduzidas pelo médico e escritor Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, que, pelo seu clima e topografia montanhosa atraia negociantes, empresários e “respirantes” ou seja, pessoas que sofriam de tuberculose, em busca de cura da doença. No início do século, dois médicos higienistas Emilio Ribas e Victor Godinho, preocupados com o bem estar de seus pacientes, deram início à construção da linha ferroviária para dar acesso à Vila no Alto da Mantiqueira. A obra foi concluída em 1915, por Rodrigues Alves. O acesso a Campos permaneceu restrito à ferrovia e à sinuosa estrada SP-50 até a década de 70, quando foi construída a moderna SP123.
Hoje, Campos do Jordão é conhecida por sua gastronomia, charme, sofisticação e opções de lazer compatíveis com todos os gostos e espíritos.
Nós gostamos de ficar em pousadas um pouco mais afastadas do centro de agitação, que é o bairro do Capivari, pois optamos mais por passeios do que por compras. Desta vez escolhemos uma pousada próxima ao portal de entrada da cidade e achamos excelente o custo/benefício: quarto amplo com lareira, chuveiro excelente, farto café da manhã e funcionários muito solícitos e atenciosos. Pousada Valle do Luar. Recomendamos!
Como já havíamos parado em Santo Antonio do Pinhal, para almoço e alguns passeios, fomos até o bairro do Capivari fazer um lanche e deparamos com o centro todo enfeitado já para as festas de final de ano.
A seguir Tarandu, Parque de Amantikir, Lenz Gourmet, Museu Felicia Leirner e Mosteiro das Monjas Beneditinas
Campos do Jordão, mas antes, Santo Antonio do Pinhal
A cidade mais alta do Brasil (1.628 m), fica aqui mesmo, pertinho da gente do Vale do Paraíba, encrustada na Serra da Mantiqueira, SP. para onde vamos sempre, com qualquer desculpa: comemorar aniversário, curtir o clima frio, fugir do calor, participar do festival de Inverno, comer truta e fondue, desfrutar da paisagem “europeia”, fazer compras, namorar, passear à cavalo ou de bicicleta, fazer rapel, caminhar em trilhas na mata, enfim…curtir a natureza!E, a cada viagem, novas descobertas de passeios nos aguardam. Há os que vão diretamente à Campos, sem se desviar da rota. Reservam o mesmo hotel, frequentam os mesmos restaurantes, fazem os passeios turísticos mais divulgados, mas, se você quiser sair um pouco deste roteiro, deixo aqui algumas dicas de passeios que, certamente serão inesquecíveis.
Santo Antonio do Pinhal
Você pode iniciar sua viagem, dando uma entrada em Santo Antonio do Pinhal, uma bucólica cidade que fica a 16km de Campos, na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. Nela você encontra diversos restaurantes, cantinas e cafés com excelentes opções gastronômicas, mas a truta predomina em todos os cardápios. Há inúmeros hotéis e pousadas charmosas, passeios por trilhas em meio à exuberante vegetação e vistas da nossa Mantiqueira, cachoeiras, voos de parapente, eco parques, enfim, uma opção a mais numa cidade que merece ser conhecida
Na antiga estação Eugenio Lefévre, come-se um delicioso bolinho de bacalhau acompanhado por café ou suco de uva.Há também muito mel e queijo de cabra. A estação é muito visitada, pois o trem que parte de Campos do Jordão (Estação Emilio Ribas, Capivari) faz um belo percurso de duas horas e meia passando pelo trecho de ferrovia mais alto do país, o Alto do Lageado, a 1.743 metros de altitude. Este passeio precisa ser programado com antecedência, pois há um só vagão e não se consegue comprar a passagem de última hora.
(segue)
Tobetobedo…
Ciranda de Poesia
Amigos, leiam sobre este encontro aqui mesmo, no blog: http://ludmilasaharovsky.com/publicacoes/eventos-recentes
Linguagem da chuva e do vento
Será a paz feita de silêncios? Quem a sente não consegue descrevê-la. Paz e silêncio somam-se porque são adventos da mesma natureza. No entanto, o ruído do mar também nos induz à paz. E há um silêncio mágico na linguagem do mar. Como há na linguagem do vento, e da chuva, e no canto dos pássaros. Seria o silêncio, então, uma espécie de linguagem não verbal? Uma confraria secreta onde a palavra passe se daria num alento, um respiro de quietude em meio à agitação do mundo: a turbulência do oculto nas entranhas do revelado…
(Ludmila em Textos Clandestinos)
A tecitura da vida
Quando estou no jardim, como agora, sentindo a vibração da grama envolver meus pés descalços, penso: meu Deus, quem é esta mulher que se permite gozar tamanho estado de felicidade plena? Então me assusto: como consinto em vivenciar esta alegria com o mundo desabando à minha volta? Mas, eu me entrego e deixo-me inundar pelo júbilo, aos poucos…em doses homeopáticas, sentindo em cada célula de meu corpo, a doce impregnação da beatitude. É quando me submeto, sem receios, à tecitura da vida!
(Ludmila em Textos Clandestinos)
Por um fio
Quero de volta o cordão umbilical que me prendia ao sonho.
Anelo pela água, pelo pulsar do sangue na tessitura de minha pele, no aconchego da placenta onde eu germinava em dedos, unhas, vísceras e ossos, na opulência da carne. Na memória do caos onde tudo começa.
Cada linha das mãos gravando minha história, única, ligada às constelações e ao seu inalcançável brilho.
Eu, antes do sopro em minha boca. Eu, uma palpitação, apenas, preparando-me para o vir a ser na ilusão do mundo. No âmago da loucura. Na opulência do abismo.
Cada geografia com suas dores perpetuadas, consome-se em lágrimas e medo. Descreve-se no líquen das palavras, tantas, que ocultam o doce mistério da vida. Vida, este instinto interminável que nos empurra para o avesso do sonho. Para o oposto do brilho. Para o batismo da morte. Sempre! Sempre a vida por um fio nas mãos das moiras. Sempre…por um fio!
(Ludmila com foto Internet)
Há sempre uma vontade incontida
Há sempre uma vontade incontida que me preenche de estremecimentos. Um desejo que se instala em meio à sanidade e à loucura, buscando um lampejo de criação que não se concretiza, embora se pressinta, fabuloso. Vontade de ser flor em meio à terra craquelada. Vontade de ser lágrima nascida do ardor da fé que não me habita. Sentimento de ruminar essa existência, sonhando além do corpo. Além da palavra, palavra. Além da devastação da esperança. Ah! Esse silêncio de estrelas no céu de outubro, e a noite imensa…
Quero cantar o amor, ainda que a voz saia cravejada de dardos e o sangue invada meus olhos vazios de esperança.
(Ludmila com imagem da Internet)