Balões no céu da cidade

Balões Edna Medici

Bal]ões Edna Medici

Balões 2

Balões 3

A elite do balonismo nacional está reunida em Jacareí (SP), pelo terceiro ano consecutivo para o Campeonato Paulista da modalidade. Para quem vai assistir, além da competição que promete colorir o céu da cidade, tem ainda um desfile noturno de balões ‘Night Glow’.
Os balões tripulados, que vão decolar a tarde do campo de futebol do Jardim Santa Maria, vão participar de provas até domingo (6). No período da manhã as decolagens serão sempre a partir das 7h, em locais aleatórios, escolhidos na hora pela direção da prova, de acordo com a direção do vento econdições climáticas. Nesta sexta o evento começa às 16h.

     

    Amigos Reais e Amigos Virtuais

    11390485_913252765383893_4315402416281616531_n (Imagem Internet)

    Tenho por hábito recortar e guardar matérias de jornais e revistas que, de alguma forma, me sensibilizam. Tenho em casa um arquivo enorme de papéis amarelados pelo tempo, conservados em pastas, dos quais não consigo me desfazer. Reler esses textos me inspira, faz-me refletir sobre o cotidiano, me enternece, às vezes, outras, me entristece. Abro as dobraduras, revejo o conteúdo dos escritos, dobro novamente e torno a arquivar.
    Semana passada repeti o ritual e, como de costume, separei a matéria de um grande jornal que falava sobre o “personal amigo”. Nela, o articulista me informava de que surgiu uma nova profissão. Você paga uma taxa, que varia entre R$100,00 e R$500,00 a hora, contrata o serviço e recebe a atenção de uma pessoa especializada em atenuar a sua solidão! E com uma ressalva: O personal amigo só lhe faz companhia. Nada de namoro ou sexo! É pura e simplesmente amizade!
    São novos tempos! Novas relações! Novas formas de suprir carências. As pessoas passam cada vez mais tempo na Internet. Abrem-se com desconhecidos. Participam de mil e uma comunidades: face, whatsApp, twitter, repartem confidências, criam dependências, matam o tempo, mas, no final das contas, por melhor que seja “teclar” com alguém, amigo tem que ser de carne e osso. Amigo é para ter-se ao lado, poder pegar na mão, chorar no ombro, dialogar sentindo o hálito, olhando nos olhos, conversando ao vivo, entendendo melhor a si mesmo e ao mundo, pela visão do outro.
    O espaço virtual, sem dúvidas, nos protege, abre inúmeras fronteiras, possibilita falar em tempo real com alguém lá das Filipinas ou de Carapicuíba, mas, ao mesmo tempo, esse ato não nos basta, bichos humanos que somos. E, bichos humanos que somos, chegamos a um tempo em que a falta de tempo é tão aterrorizante, que já não conseguimos nem ser e nem ter amigos como antigamente: Amigos para sair e tomar um chá ao final da tarde, para ir ao cinema junto, para sentar no banco de uma praça e jogar conversa fora. Amigos que nos alimentam a alma, que nos curam com a sua presença e não, simplesmente, aliviam a nossa solidão.
    Amigo de verdade tem história e segredos compartilhados, tem calor humano, vibração e cheiro. Amigo de verdade, sabe ouvir e calar-se. Reconhece nossos erros sem nos julgar e vibra com nossos acertos. Amigo de verdade tem aquela voz que reconhecemos à qualquer distância, que nos conforta e nos fortalece. Voz de Claudia, de Tereza, de Dyrce, de Lucimara, de Marilda, de Maurício, de Luiza Irene, de Mirian, de Zé Winston, de Mário, de Orlando, de Mariângela, de Jussara, de Edna, de Sônia, de Celso, de Eliana, de Eliane, de Dolores, de Célia, de Nair, de Graciela, de Eloisa, de Meiri, de Benny, de Ocílio, de Magela, de Rubinho, de Van, de Carolina, de Cris, de Valdeci, de Ana Paula… Ô meus queridos amigos, que saudade de vocês!
    (Ludmila Saharovsky)
    Crônica publicada na Revista Absollut deste mês.

      

      Lua Azul em Santa Branca

      Lua Azul em santa Branca

      André Mancha Lua Azul em Santa Branca

      Lua Azul:
      Ela é atípica porque vai ser a segunda lua do mês de julho (a primeira aconteceu no dia 2). Normalmente, os meses têm uma única lua cheia, já que o ciclo lunar dura em torno de 29,5 dias. Só que, como nota o site Galeria do Meteorito, se dividirmos este número pelos 365,2 dias do ano, teremos 12,3 luas cheias anuais. De tempos em tempos, devido ao acúmulo destes “0,3” e à variação do número de dias nos meses (28 a 31), um ano como 2015 acaba tendo 13 luas cheias. (Ludmila)

      As fotos, belíssimas são de autoria de André Mancha

          

        Filigranas

        Arte de Jarek Kubicki
        Hoje me choquei contra a realidade do céu azul
        e a palavra que queria dizer-te, espatifou-se em minha boca:
        Virou suspiro, virou soluço, virou saliva, virou susto!
        De repente, o eixo de marfim que me mantinha centrada neste mundo, equilibrada, equidistante, tornou-se uma espiral de sonhos a atravessar-me, a dividir-me ao meio: Metade mulher, metade filigrana ornando um camafeu onde vejo a estampa de meu próprio rosto.
        Sou fêmea na aurora, preenchida por seixos e presságios, deusas e demônios, pardais, andorinhas, adágios de violoncelos e flautas.
        Consegues perceber a metamorfose?
        Será que mesmo assim, poderás identificar-me?
        Sentir meu cheiro e gosto?
        Perceber esse alarido de pássaros que me atravessa a alma
        e se desprende de mim, feito choro de violoncelo e cuíca em contraponto?
        Ah! meu coração está repleto de candeias acesas, tochas, archotes, velas aguardando um rito nobre que o ressuscite, que o redima.
        Estou assim, indefesa no universo: a vida escorrendo em mim, feito areia na ampulheta. Escorrendo, escorrendo, mais um grão…mais um,
        enquanto vou me consumindo nessa miragem, abismada em profundezas infinitas.
        Ilusões, ruídos de tambores distantes enviando mensagens cifradas:
        Para que? Para quem? Para mim? Para este outro que em mim se esconde?
        Mas afinal, de quem é este destino que se tece assim, meio que à revelia, entre as cordilheiras?
        Ludmila Saharovsky com arte de Jareck Kubicki

          

          Pastaria

          janela 2Há anos vivia observando a cortina que esvoaçava na janela aberta que lhe revelava um jardim que mal cabia em suas retinas. Abelhas, borboletas, mariposas, nuvens caminhando lentas, um raio de luz entre as avencas e folhas soltas pastando no gramado compunham o cenário. E o tempo, pastando nela. (Ludmila)
          Foto de Manuel Ricardo Jurema

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