permita-se
tão pouco peço a você que me permeia o verso.
pernoite.
se não possui o endereço, seja sua sombra impressa
em cada sílaba.
moro em uma frase mal construída, mas ofereço
fibra no alimento [desa] linho no leito. te dou meu teto.
um interior aberto, para que você preencha.
seja presença. mansa. imensa.
caso o medo me impeça de abrir a porta, persista.
saiba: não resisto a um argumento de fazer chover por dentro.
tente outra vez. insista em gotas,
e, quando dentro, deite sua voz ao pé do ouvido.
venha [in] vento, procedendo as águas que irão moldar relevos.
perceba, eu te reclamo há tempos.
e te recebo há tanto nesses poemas piegas. isentos de segredos.
Valéria Tarelho: “Chuvessência” da série: cartas para quem não há.
Tão lindos esses escritos de Valéria! Gosto demais, por isso partilho com vocês! (Ludmila)
Um chamado sensual extremado … Lindo !!!
Todas as cartas de amor são ridículas! Pessoa não me deixa mentir..rss
Muito grata pela divulgação, querida, mais feliz, ainda, que tenhas gostado, fico envaidecida!
Tudo ao seu redor tem essa aura / alma da beleza, da delicadeza…figurar aqui no seu blog é me sentir no céu. na paz!
Beijos!
Val
Notável o texto, doce e delicado. Gostei.
belos versos – como sempre uma poesia de nuances raras
Um chamado, não apelo, chamado fortíssimo de amor, desejo e querência…Mexe com a sensibilidade.