Conto Mínimo: Destino de passarinho
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Ela nasceu sem as linhas marcando o destino nas palmas das mãos.
Nasceu para ser passarinho, pressentiu a mãe.
Cresceu trocando as penas a cada estação, mas nunca conseguiu voar.
Hoje, seu gorjeio feliz sobressai, dentre todos os outros, nos galhos mais altos
da velha mangueira.
(Ludmila Saharovsky)