Há noites em que as estrelas ficam líquidas no céu. Então, elas pingam sua leveza luminosa dentro de nossas retinas. Nesses momentos a gente clareia a alma e a solta da gaiola de ossos para que passeie sobre a terra: esfera intercalada por sombra e luz, gritos e silêncios, perdão e culpa, esperança e medo, dor e alegria. Ela, então, abdica de todas as urgências, interliga os opostos e retorna plena, flutuando feito pássaro noturno em busca do ninho, imortal, na falácia do tempo… (Ludmila)
Imagem: starry night by alex ruiz, em homenagem a Vincent Van Gogh