Arquivos da Categoria: fotos
A primavera enxertou o muro
Lua Azul em Santa Branca
Lua Azul:
Ela é atípica porque vai ser a segunda lua do mês de julho (a primeira aconteceu no dia 2). Normalmente, os meses têm uma única lua cheia, já que o ciclo lunar dura em torno de 29,5 dias. Só que, como nota o site Galeria do Meteorito, se dividirmos este número pelos 365,2 dias do ano, teremos 12,3 luas cheias anuais. De tempos em tempos, devido ao acúmulo destes “0,3” e à variação do número de dias nos meses (28 a 31), um ano como 2015 acaba tendo 13 luas cheias. (Ludmila)
As fotos, belíssimas são de autoria de André Mancha
Lua Azul na Praia de Botafogo
Praia do Cassino
Lagoa dos Patos, Pelotas
Vaca Atolada
Pesquisando sobre os hábitos alimentares no Brasil Colônia, para meu próximo livro, fiquei sabendo que o garfo foi introduzido às mesas brasileiras, somente em 1836…depois da colher e da faca. E como comiam os habitantes da colonia? Com as mãos, ora essa! Havia também colheres de pau e facas para corte. O costume de comer com as mãos ainda predomina entre vários povos nesse nosso planeta, e eu, particularmente, acho uma delícia!
E, aproveitando os assuntos culinários, segue uma receita da época de nossos tropeiros, bem original de nosso Vale do Paraíba, que recebi de meu amigo Ocílio Ferraz: “Vaca atolada”
“A Vaca Atolada, hoje popular, foi receita muito refinada em séculos passados no Vale do Paraíba, pois o bovino era raridade nesta época. Este prato foi servido num hotel internacional (Festival Gastronômico de Ciclo do Tropeirismo no Vale do Paraíba em l982) com enorme sucesso. Após isto dezenas de empresas na região introduziram o cardápio tropeiro para os seus funcionários. Alguns servem a Vaca Atolada sem ir ao forno, adicionando mandioca já cozida. Por ser um prato forte, 3 quilos de costelas, serradas e limpas atendem 10 pessoas. Oriento servir com arroz com urucum e salada de folhas verdes (agrião, alface, couve, rúcula ou chicória). Alguns substituem a banana da terra ou banana nanica por batata doce cozida, indo ao forno. Essa é a receita que eu faço.”
Temperar na véspera costela de vaca picada, com sal, alho, cebola e pimenta do reino. No dia seguinte, cozinhar a costela em panela de ferro, com pouco óleo e todos os temperos, ela solta bastante água. Após o cozimento, colocar a costela, com o osso para baixo, em assadeira rasa e ir ao forno entremeada de banana da terra madura. Reforçar sutilmente com pimenta do reino. Ficando dourada servir na própria assadeira ou individualizar os pratos.
Um passeio no Uruguai
Este final de semana, aproveitamos para retornar ao Uruguai, rever o Forte de São Miguel e passar um dia no Hotel Fortim de São Miguel, inserido no Parque. Recomendamos este passeio para todos os amigos que vão até o Chuí, para fazer compras. Para se chegar ao Forte, basta seguir na Avenida Brasil, na direção contrária ao comércio, ou seja, à direita, se tomarmos como parâmetro o regresso ao Brasil. Passa-se pela aduana uruguaia, nesse local, sem problemas, e sem necessidade de Carta Verde, pois o Forte fica a menos de seis km. de distância. O Hotel fica ao lado do Forte, basta atravessar a Avenida. É uma bela construção erguida em 1942 e recebe muitos caçadores, quando se abre a temporada de caça ao pato selvagem. As fotos descrevem o local melhor do que as palavras. (Ludmila)
Dia das mães
Quando eu era criança, e o Dia das mães caia no dia 10 de maio, eu pensava que era por causa do aniversário de minha mãe. Vai ver…era mesmo! Hoje ela completaria oitenta e oito anos, mas, há trinta e sete, minha mãe faz festa naquela etérea estação do outro lado da vida, e eu, do lado de cá, comemoro a sua leveza de ser! Beijos, mãe!
(Ludmila)
Jacareí – 360 anos
Novamente abril, e mais um aniversário da cidade: Jacareí completa, neste ano de 2013, 360 anos.
Um aniversário comemorado em data estranha, pois:
A fundação do povoado deu-se em 8 de dezembro de 1652, quando recebeu o nome de Nossa Senhora da Conceição da Paraíba, em homenagem à santa do dia, que passou a ser a padroeira do lugar.
A elevação à Villa deu-se um ano após, em 22 de novembro de 1653, quando a Villa foi desmembrada de Mogi Mirim , conforme consta no documento do departamento do Arquivo do estado de São Paulo – vol II de 1942 pags 79 a 84, copiado pelo historiador Benedicto Sergio Lencioni em seu fascículo Historias, Gentes e Cousas de minha terra:
“…de tal modo a povoação cresceu que em 22 de novembro de 1653, um ano após a fundação, os moradores compareceram à casa do Capitão Diogo de Fontes perante o Capitão Bento Ferrão Castelo Branco e solicitaram fosse o Citio transformado em Villa, erguendo-se o Pelourinho. O Capitão Diogo pôs-se à frente de todos e após reverenciar o Capitão mor, olhou para os primeiros habitantes do povoado.Foi um momento mudo de expectativa. Sua voz saiu decidida e expondo as dificuldades dos moradores em ouvir missa e, por “caresserem seus filhos de Agoa de Batismo” dada a distância do povoado à Villa de Mogi Mirim, era justo o pedido.O Capitão mor observou a paisagem, olhou o rio, estendeu o olhar mais longe querendo vencer as barreiras azuladas dos contrafortes da Mantiqueira e, olhando para os moradores que o circundavam em expectativa, pensou por um momento no crescimento do território da Coroa e achando o “Citio capaz de ter larguezas de terras para que a povoação pudesse se expandir e crescer, determinou fosse levantado o Pelourinho.”
A a elevação à cidade deu-se em 3 de abril de 1849. Três datas distintas. Qual comemorar?
“A Vila de Nossa Senhora da Conceição da Paraíba cresceu muito lentamente. Durante um século nossa gente viveu com total dificuldade. Faltava o mínimo conforto. Os primeiros tempos foram de aventura, de verdadeiro pioneirismo. Sobrava coragem e determinação. As distâncias eram vencidas a cavalo, a pé ou em canoas pelo rio. Poucas eram as casas cobertas de telha. A sua maioria, as mais pobres eram cobertas de palha e sem forro. Somente os moradores mais abastados possuíam vidros nas janelas. A quase totalidade era de madeira bruta e as portas, de uma só folha, eram fechadas com tranca. Não existiam calçadas e era comum os animais andarem soltos pelas ruas.
Por volta de 1750, a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Jacareí ainda era muito pequena e a vida de todos desenvolvia-se ao redor da igreja que era o centro de uma centena de casas. O comércio local era somente de cereais, carne seca, farinha, açúcar, vela, aguardente. Não havia iluminação, a não ser de vela e candeeiro.”
(Benedicto Sérgio Lencioni em Cadernos de Jacareí, pag. 11 edição de 1986)
Hoje, Jacareí está assim: