Amo os meus amigos silenciosamente. E, às vezes, declaradamente. Amo os que leem e os que não tem tempo para os livros, mas não economizam tempo para mim. Amo os que anseiam por encontros e os que preferem manter-se cativos entre as quatro paredes de seus lares de portas sempre abertas. Amo os de prosa livre e leve, mas também os que me carregam junto para as profundezas de suas dúvidas, dores e mistérios. Amo os de riso fácil e também os que sorriem apenas com os olhos. Tenho com eles um pacto que transcende palavras e se manifesta em atos de compreensão e solidariedade. As iniciais de seus nomes compõem a minha gramática afetiva e as minhas preces. Eles são os tijolos do meu templo vivo. Minhas raízes de fixação na terra. Meu maná e o vinho de minha comunhão na liturgia da vida.
Feliz Páscoa a todos vocês que me acompanham nos mistérios dessa paixão revivida a cada ano. E feliz Ressurreição!
(Ludmila, com foto da Internet)