Árvore de Natal na Lagoa



A tradicional árvore de natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, já está instalada. Como todo ano temos uma novidade, neste, a Árvore da Lagoa ganhou mais três metros: Ela terá, portanto, 85 metros de altura, comparável a um prédio de 28 andares. Visível de vários pontos do Rio de Janeiro, ela seduz com seu espetáculo de luzes e cores, as milhares de pessoas (turistas e cariocas) que vão admirá-la. Este tornou-se um passeio obrigatório, já que o local, fartamente iluminado e policiado, assegura a todos muitas e muitas noites felizes! Esse ano a árvore de Natal montada pela Bradesco Seguros comemora 15 anos, nos proporcionando uma história de reencontros inesquecíveis: com a paz, com a beleza, com a alegria e, principalmente, com a esperança de que a criança que vive em nós não se perca nunca desta outra, divina, que renasce em nossos corações a cada Natal. Boas Festas! (Ludmila)

    

    Cartões de Natal




    Cartões de Natal…Eram tantos e tão bonitos!
    A caixa de correio ficava lotada deles em dezembro.
    Alguns os pregavam na parede, próximo à árvore, outros os deixavam empilhados sobre as mesas laterais na sala de estar, outros ainda os distribuíam por vários recantos da casa. Por intermédio deles, os amigos e os parentes distantes faziam-se presentes em nossa vida, abraçando-nos à distância e se colocando entre nós durante as festas de final de ano. Mudaram os costumes. Hoje, o correio eletrônico nos conecta virtualmente com o mundo, mas, do computador, os votos ficam menos pessoais, menos palpáveis!
    Eu guardo num arquivo muitos cartões de Natal, recebidos nessas décadas de vida. Todo ano penso em me desfazer deles, mas, na hora H…cadê coragem? Outro dia, sentei-me com minha neta junto à arvore de Natal e ficamos horas, revendo-os, como às fotografias. Cada qual com sua mensagem particular de carinho, com seus desenhos elaborados, alguns, outros singelos, levou-me a uma viagem no tempo e na memória. Tantos amigos queridos que já se foram. Tantos amigos de vida inteira que continuam presentes! Tantos Natais felizes! Este ano resolvi que os quero a todos à minha volta, novamente. Não importa o tempo que passou…seu carinho me alimentou e alimenta. A vida é muito mais rica e feliz com o calor da amizade que também, a cada ano, se renova! Um beijo para todos vocês, meus queridos!(Ludmila)

       

      Presépio Yuguiô




      As fotos são do Natal do Palácio Avenida, que é o espetáculo natalino mais tradicional do Brasil. O projeto social, que tem o apoio do Instituto HSBC de Solidariedade, foi lançado na década de 90. Até hoje, as apresentações do coral infantil, formado por 160 crianças e adolescentes de 11 Casas Lares de Curitiba e região, que se apresentam nas janelas do prédio histórico, iluminam e encantam cada visitante que passa pela cidade.

      Presépio Yuguiô

      Neste Natal, resolvi montar, além da árvore, também um presépio para meus netos.
      Aproveitando a ocasião, enquanto retirava as figuras da caixa, didaticamente comecei a lhes contar um pouco da história daquele menino que renascia a cada dezembro: o porque da Estrela de Belém, da manjedoura, dos Três Reis Magos.
      Nicolas e Alecsia ouviam-me atentos, enquanto surgiam no cenário o burro, a vaquinha, os pastores e seus carneiros…
      “E havia o rei Herodes, que por medo de que nascesse um outro rei e o destronasse, mandou matar todas as criancinhas da Judéia”…
      Nicolas, injuriado, saiu da sala, voltando daí a pouco com toda a coleção de seus Cavaleiros do Zodíaco, que perfilou ao lado do menino: “Vó, problema resolvido! Olha aqui: meus cavaleiros vão proteger Jesus! O Saga, de Gêmeos, o Aldebarã de Touro…e o Ayorus de Sagitário…Doko tem uma espada dourada e bbzzzzzzttttt! Esse Erodes nem vai chegar perto”, dramatizava, introduzindo novos personagens na história e materializando mais uma vez a eterna luta do Bem contra o Mal.
      Alecsia, querendo participar também, foi buscar o urso, o dragão e o dinossauro: “Olha só, vovó! Eles são muuuuiiiitto grandes, e o “dissonauro” ELE AVOA!” enfatizou. “Ó…ele pega o neném e leva lá longe, pro ninho dele, viu? E aí ele fica escondidinho! Ninguém acha ele não”, ela ponderava com toda a autoridade de seus três anos, buscando com os olhos o ponto mais alto da casa.
      Eu sei que aos poucos, nosso presépio foi adquirindo uma nova e inusitada perspectiva: Surgiu a cerca do Forte Apache, com soldados e índios fraternalmente dispostos nas guaritas. A Arca de Noé foi estrategicamente ancorada no laguinho de espelhos, para uma possível fuga da família pelo meio de minha sala, e até o Batman e o Homem Aranha foram convocados para atuarem em qualquer emergência. “Vovó…o bebê vai sentir frio”….e a manjedoura recebeu o cobertor do enxoval da Barbie… “E o burro e a vaquinha vão ter fome à noite!” Está certo!… grama para eles! “Posso trazer meu fogãozinho, para esquentar a mamadeira do neném? E as fraldas para trocar? E a banheira? E o talco?”
      Gente…vocês precisam ver nosso presépio! Ficou lindo! Ficou enorme!
      Está certo que Maria e José quase não aparecem em meio a tantos outros figurantes…mas que Jesus está quentinho, bem protegido e alimentado…Ah! ele está!
      Fazer o que…se os tempos e as crianças vão se modificando?
      Feliz Natal para todos nos!
      (Ludmila Saharovsky)

        

        Morangos sangrentos


        (vista de São José do Norte – RS.)


        (vista de São José do Norte – RS.)

        Caio Fernando Abreu

        Esse brevíssimo trecho do livro Morangos Mofados, de meu amado Caio, me veio à memória porque hoje, no almoço, a sobremesa foi uma bela travessa de morangos sangrentos preparados numa salada com fofos suspiros caseiros e um chantilly, batido a partir do espesso creme de leite que, aqui em Rio Grande se compra por kg, exposto em enormes tigelas na vitrine da rotisserie do super mercado. Os morangos também são vendidos à granel: maduros, graúdos, doces, cheirosos, sangrentos, suculentos, como há muito eu não via!
        “E de onde eles vêm?” perguntei, curiosa.
        “Esses chegaram fresquinhos, há pouco, lá de São José do Norte. A safra desse ano está muito boa!” respondeu-me a atendente da fruteria. Deixo para vocês a receita e as fotos, dos morangos e de São José do Norte, onde foram cultivados!
        A receita não é light, mas, quem resiste a essa tentação? E depois, pecar pela gula por conta desses morangos, os deuses farão vista grossa, tenho a certeza! Vamos lá!
        Escolha os morangos pela textura firme, pela cor e pelo aroma. Lave-os delicadamente e deixe escorrer. Retire com delicadeza suas frágeis hastes e folhas que enfeitam os frutos. Num pirex fundo, misture os morangos a uma quantidade farta de pequenos suspiros(os grandes também servem, apesar de serem mais nostálgicos…parta-os em pequenos pedaços!) formando uma merengada. Acrescente chantilly fresquinho para fazer a liga (se preferir, use o próprio creme de leite sem bater… só afofe um pouco com um garfo) e sirva a seguir. Saboreie prestando uma homenagem ao super Caio F. Abreu, que nos delicia para sempre com seus textos revolucionários, de tão belos!. Hum….Dá ou não dá água na boca? (Ludmila)

          

          E chegou dezembro!


          foto: Gramado enfeitada para o Natal (foto Internet)

          Noite Feliz

          Primeiro ela aguardava que a família se aquietasse. Quando sentia que todos dormiam dirigia-se sorrateiramente até a garagem e abria a mala do carro fazendo o mínimo ruído. Então, apanhava os embrulhos maiores e os acomodava em esconderijos improvisados dentro da casa. Percorria o quintal quase que aderindo às paredes, cuidando da própria sombra, como nos desenhos animados; tudo para surpreender os filhos na aguardada noite de Natal. A árvore que enfeitara, estava imponente e colorida, cheia de luzinhas que brilhavam e transformavam a sala num criadouro de vagalumes! Já quase podia ver as crianças sentadas sobre o tapete, deslumbradas com os embrulhos deixados por Papai Noel, rasgando, ávidas, as embalagens. Somente tendo a certeza de que tudo estava acomodado, é que ela finalmente permitia-se sentar e observar o cenário. E o dia amanhecia com a casa recendendo a múltiplos odores, delicados e únicos: cheiros que combinavam açafrão e mel, favas de baunilha à essência de laranja, assados com rabanadas. “Mãe, e o tchik-tchak?” Ah…o doce russo, receita de família, feito com trigo, mel e nozes, não poderia faltar também neste natal, passados tantos anos! “Deixa bem duro, mãe…igual ao da vovó, quando perdia o ponto! “Imediatamente a boca se lhe enche de água pela lembrança, e os olhos de caleidoscópicas imagens: dos pais, dos avós, dela menina, curtindo sua própria árvore toda enfeitada, nunca tão repleta de presentes, como as de agora, mas imersa na mesma magia. Chumaços de algodão imitando, toscamente, a neve; enfeites recortados em diversos materiais, feitos pelas mãos habilidosas do avô, recobertos por purpurina; pequenas velas coloridas sustentadas por aparadores de metal…e ele! O lindo e gordo São Nicolau, em seu festivo manto azul marinho, rebordado de estrelas douradas, o saco de presentes preso às costas, quase… quase vivo! A primeira boneca que ganhou, vestida de noiva, tinha cabelos loiros enfeitando um rosto de porcelana. Sua mãe passara algumas noites em claro, confeccionando o vestido de longa cauda de cetim, sem que ela desconfiasse. Ao avô coube restaurar a pintura delicada das faces, boca, sobrancelhas, unhas, enquanto ela dormia…E à avó, produzir a grinalda cheia de flores de laranjeira, as pétalas boleadas em tecido por um aparelhinho estranho aquecido na chama do fogão…e o longo e franzido véu de tule! De onde ela viera? De algum brechó, com certeza, vendido por alguma menina que não mais se interessava por bonecas… Mas que diferença isso fazia? Naquela noite, debaixo de sua árvore de Natal, aquele fora o brinquedo mais lindo que jamais sonhara em possuir. A excitação do presente não a deixava dormir. Temia que, fechando os olhos, aquela miragem se extinguisse. Ah…mas hoje tudo era tão diverso! Seus netos possuíam tantos brinquedos, que era difícil saber qual os surpreenderia… Seus pensamentos voavam enquanto preparava a mesa para a ceia. A tarde ia descendo tranqüila e quente e ela sentiu-se tomada pelo cansaço: o da inevitável correria das últimas semanas! Decidiu dar-se um tempo, antes que a família começasse a chegar. Entrou no quarto, deitou-se sobre a cama e mergulhou num silencioso espaço aberto dentro de si mesma. De olhos fechados podia aspirar e perceber as semelhanças de todos aqueles aromas tão peculiares, de ontem e de hoje, que atravessaram sua vida, e invadiam novamente a casa. Podia reviver as emoções, tantas! Misturá-las e trazê-las para aquele exato instante, transformando-as em âncora poderosa que a mantinha tão próxima de todos os que amava e que hoje estariam presentes sim, nesse seu Natal particular. Um Natal de saudades e sonhos, cheiros e sabores, emoções e fantasias. Um Natal único, onde se reencontrava com sua própria criança interior, pegava-a no colo, embalava-a carinhosamente e a presenteava com a possibilidade de se lembrar de uma época em que foi feliz, feliz, como era agora, e agradecer à Vida por mais um renascimento! (Ludmila Saharovsky)

          PS. Amigos queridos! Estive ausente por quase um mês de meu blog e de vocês, mas cá estou eu, voltando aos pouquinhos… O motivo dessa ausência foi a minha mudança para a cidade de Rio Grande, em RS.
          Nossa! Como mudar cansa! Depois de mais de 40 anos numa mesma cidade e na mesma casa em Jacareí, nunca pensei que mudar fosse tarefa tão difícil, imprevisível e desafiadora! E olhem que mudei só um bocadinho, pois tudo em Jacareí prossegue como dantes, prontinho para a minha volta! O fato é que a gente se programa de uma maneira e sai tudo exatamente ao contrário, mas…sobrevivi!
          Espero, nesse mês de dezembro, postar alguns textos natalinos que publiquei em jornais e revistas da região, e também escrever outros, inéditos. Este é o primeiro da série. Espero que gostem! Espero também que o espírito de natal já tenha envolvido a todos nos deliciosos preparativos de nosso coração e alma, para o renascimento do Menino Deus. Um beijão cheio de saudades para cada um de vocês! (Ludmila)

            

            Mercado Municipal da Cantareira








            Na véspera de nossa vinda para Rio Grande, marcamos um encontro com nossos familiares que residem em Sampa, para um almoço no Mercado Municipal da Cantereira.
            Por incrível que pareça, vivendo quase que a minha vida inteira tão próximo da capital, eu não havia retornado ao Mercado desde a sua reforma, em 2004. Aliás, é sempre assim! A gente vai postergando passeios imperdíveis, por conta de serem espaços próximos da gente, e vai perdendo oportunidades de aproveitar o que nossas cidades têm de melhor para nos oferecer. O Mercado Municipal de São Paulo é um desses espaços. Inaugurado em 1933, é um importante entreposto comercial de atacado e varejo, especializado na comercialização de frutas, verduras, cereais, carnes, temperos e outros produtos alimentícios. O edifício, em estilo eclético, foi construído entre 1928 e 1933 pela empresa do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, sendo o desenho das fachadas de Felisberto Ranzini. No interior, magníficos vitrais do artista Conrado Sorgenicht Filho mostram vários aspectos da produção de alimentos. No início ele foi usado para armazenar armamentos utilizados na revolução Constitucionalista de 1932. Totalmente reformado em 2004, ele teve a fachada recuperada, os vitrais restaurados e foi construído um mezanino, com diversos quiosques de comes e bebes. Em seu interior você faz uma fantástica viagem gastronômica. São espaços onde se encontram frutas exóticas, laticínios, ervas, temperos e especiarias das mais diversas procedências, carnes, cereais, secos e molhados de dar água na boca! Não comi o famoso sanduíche de mortadela, mas provei o pastel de bacalhau e os doces imperdíveis da cozinha árabe, isso depois de passar na barraca de frutas exóticas e degustar porções suculentas de melões, framboesas e figos de cactos que….hum….só vocês passando por lá e provando! Esse é um passeio nota dez! imperdível em todos os aspectos: gastronômico, arquitetônico, artístico e histórico. (Ludmila Saharovsky)

                

              Rio Grande Postais da cidade 3


              A loja Maçônica União Constante foi fundada em 13 de junho de 1840. É uma das mais importantes e tradicionais do Rio Grande do Sul, sendo a mais antiga do estado. O magnífico prédio em estilo neogótico, um dos poucos não eclesiásticos existentes em Rio Grande, guarda verdadeiras relíquias. Em seu interior podemos encontrar estátuas em mármore, vindas de Portugal; espelhos venezianos; consoles em mármore; diversos bustos de filósofos e pensadores maçônicos além de belíssimo mobiliário antigo.

              Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...