Foto tirada pela cineasta Irina Orlova, quando esteve no Brasil, em julho de 2012 em minha casa, para fazer o documentário sobre meu livro Tempo Submerso. Na ocasião ele me presenteou com a obra que estou lendo na foto: “O caminho do oficial russo” – “Put Ruskago Ofitsera” de Anton Ivanovich Deniken (1872/1947). Fragmentos do diário de um general que comandou o Exército branco durante a Revolução Bolchevique e que faz uma análise ímpar dos acontecimentos políticos da época. Meu avô serviu nesse período.
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Matéria publicada no jornal O Vale
Viver&
August 7, 2012 – 02:00
Documentário revela o terror
Gravação do documentário da escritora Ludimila Saharovsky. Foto: Warley Leite
Obra de Ludmila Saharovsky norteia produção de cineasta russa
Renata Del Vecchio
Especial para O Vale
A história real contada pela escritora Ludmila Saharovsky no livro “Tempo Submerso”, em breve vai virar filme. Há quase um mês ela está na companhia de cineasta russa para contar em cenários brasileiros, a história de imigrantes que vieram para América do Sul durante ditadura de Stalin.
A escritora conheceu Irina Orlova, cineasta de Moscou que trabalha no Kino Studio Lin-TV, durante viagem que fez para Rússia, em 2003. Ludmila foi para o Arquipélago de Slovietskie Ostrova com a missão de levantar informações sobre seus antepassados que acompanharam cenário de horror da Revolução Bolchevique.
Nascida em campo de refugiados na Áustria, após fim da Segunda Guerra Mundial, Ludmila veio com a família para o Brasil na década de 50, onde ficou de quarentena na Ilha das Flores, Rio de Janeiro.
“O documentário retrata a Revolução Bolchevique pelo prisma do meu avô e fala também do Exército Branco, vencido pelos bolcheviques”, afirma Ludmila Saharovsky.
Trajetória. A cineasta Irina Orlova desembarcou no Brasil no dia 11 de julho. Ela e a escritora percorreram mais de 2.000 quilômetros, passando por Paraty, Petrópolis, São João Del Rey, Tiradentes, Ouro Preto, além de outras cidades do Vale do Paraíba, como São José, Jacareí, Aparecida e Guará, em busca de cenários que tenham relação com a história russa.
O cenário de Petrópolis, por exemplo, faz referência ao palácio de Czar Nicolau 2º, imperador da Rússia deposto em 1917. “Gravamos em campanários de igrejas, pois os russos tem fixação por sinos. Batalhas vencidas, morte, nascimento, tudo é anunciado ao som dos sinos”, disse Ludmila.
A escritora ressalta que a cineasta tem relacionado a arte sacra brasileira com a russa, além de estar impressionada com a arquitetura das cidades. “O povo é muito hospitaleiro e feliz. Todos vivem sorrindo. Me apaixonei pela arquitetura das cidades”, disse Irina.
A segunda etapa das filmagens acontece em outubro, no sul do país. Ludmila Saharovsky também deve retornar a Rússia para finalizar a produção. A ideia é que documentário participe de festivais no Brasil e seja exibido em parceria com TVs educativas.
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Utopias…
Rota das Missões 2
Após o belíssimo espetáculo de luz e som, à noite, no anfiteatro aberto do pátio da Missão de São Miguel, fomos ao hotel temático, ao lado do sítio arqueológico.
São Miguel das Missões é uma cidadezinha de 7.500 habitantes, linda, pacata, perdida no tempo, onde come-se bem e hospeda-se melhor ainda, com preços para lá de razoáveis.
Confirmem o que lhes conto, pelas fotos da Pousada das Missões, um endereço que recomendamos: Paisagem paradisíaca e farto café da manhã em quartos climatizados, com excelente ducha, piscina e a natureza pródiga que tudo enquadra. (Ludmila)
A vontade de ficar mais um dia em S. Miguel foi enorme, mas, novas paisagens e histórias nos aguardavam, assim, após o café da manhã, seguimos viagem. Meus olhos comiam aquelas ruínas, guardando na mente esse passeio que vou refazer, tão logo possa! Até breve São Miguel das Missões! Adorei conhecê-la!