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Ciranda de poesia no Centro de Cultura Bola de Meia

bola de meia

Convidamos para a Ciranda de Poesia – Dia 25/11/2015 às 19h30 – Entrada Franca – Livre
Rua Porto Príncipe nº 40 – Vila Rubi – São José dos Campos/SP
Convidados: Ludmila Saharovsky e José Antonio Braga Barros
Mediação: Carlos Abranches

Breve release sobre escritores e suas Obras:

Um recorte do Livro Te sei
Ludmila Saharovsky

Bélica
Teu corpo sobre o meu
Tem o domínio de punhais,
Facas, sabres, adagas, cimitarras
Que aniquilam minhas defesas
E te permitem
A conquista derradeira

Amor- perfeito
Te sei:
Provei teu gosto
Recolhi teu gozo.
Ostra fechei-me
E te guardei

Sobre o Livro Sonhos Revelados
José Antonio Braga Barros

Ludmila artesanalmente foi costurando seu “Te Sei” com sisal, recordações, amores, dores e alegrias. Não consegui parar de ler. Ao contrário, reli, reli e reli. Entre silêncios tomei um a um cada poema e cada espaço em branco da folha. Senti a pulsação de cada palavra. Nas entrelinhas vi o percorrer de cada emoção.
Senti a necessidade de dialogar, de contar, de cantar, de responder a cada verso lido e sentido. Em “Te Sei” escutei a voz da mulher, da poesia feminina, do seu jeito belo de escolher cada palavra. Abriu-me os sonhos.
Foi preciso publicar os “Sonhos Revelados”. O processo foi simples. Reler novamente “Te Sei”. Em seguida, escrever todos os títulos dos poemas de Ludmila contidos no livro. Em Seguida, no silêncio de uma madrugada inteirinha, dialogar com os poemas. Responder um a um, com meu modo mineiro, os poemas com minha visão masculina.
“Te Sei” e “Sonhos Revelados” são livros de gêneros, principalmente para dizer que são válidas todas as formas de amar. Além dos poemas precisei me expressar com gravuras, inéditas até agora e que serão expostas na Ciranda de Poesia

Sobre a escritora Ludmila Saharovsky
Escritora que se divide entre crônicas, ensaios, poesia e prosa poéticas, memórias e peças teatrais.
Cronista desde 1976 dos principais jornais e revistas do Vale do Paraíba, recebeu inúmeros prêmios literários e tem uma biblioteca batizada com seu nome na Faculdade ETEP de Jacareí
Blogs:
Espelho D´água (www.ludmilasaharovsky.com) literatura e viagens
www.jacareitempoememoria.com.br (história oral de Jacareí)

Sobre o escritor José Antonio Braga Barros
José Antonio Braga Barros, escolheu voltar para sua terra natal, depois de se aposentar como diretor de escola pública, em São José dos Campos. Com vários livros de poesia, entre eles “Minhas Gerais” e “Sonhos Revelados”, atualmente é editor do Jornal “O Vento”, em Paraisópolis. Na primeira semana de julho, realiza a Caminhada Poética “Tinha um Drummond no Meio do Caminho”. Realiza palestras, oficinas e wokshops sobre literatura. Juntamente com o Grupo de teatro amador “toque de Arte”, participa da Seresta Poética, que envolvendo os músicos da cidade, apresenta os poemas de Carlos Drummond de Andrade pelas ruas de Paraisópolis

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Passados trinta e um anos da publicação de Te Sei !984) e Sonhos Revelados (1990), heis que, pela primeira vez desde então, tivemos, eu e meu querido amigo Braga Barros, a oportunidade de nos encontrar para falar sobre nossas obras. Como foram criadas, como foi seu lançamento, a repercussão que tiveram, os leitores que atingiram, e, olhando para o passado, relembrar com gratidão o apoio de amigos que partiram e que foram tão importantes neste nosso percurso poético, como Enio Puccini, Dailor Varela, Olney Borges P. de Souza, principalmente.
Em 1984, eu, jovem cronista de periódicos Valeparaibanos, lancei meu primeiro livro de poesia, e, para espanto geral, tratavam-se de poemas eróticos. A polêmica foi grande, mas o livro foi muito festejado pela mídia e pela crítica, e recebeu o prêmio da Rádio do MEC como revelação feminina daquele ano. Sobre ele escreveu Affonso Romano de Sant’anna: “A poesia de Ludmila é densa, erótica e a cada releitura torna-se mais pessoal e bela.”
O poeta Olney Borges escreveu:”Se os poemas de Ludmila são sempre vazados em primorosa forma, há que se assinalar outrossi a riqueza conteudistica dos mesmos prorquanto é sempre perceptível, em cada um, o enlace de amor que os preordena. Te Sei é, do começo ao fim, Poesia em realização plena.
E Dailor Varela disse: “Raros são os poetas que praticam o exercício de fazer poemas de amor com os instrumentos de uma estética forte, precisa, como deve ser sempre a poesia. Ludmila Saharovsky, com seu livro Te Sei consegue esta travessia de maneira lúcida, exigente, jamais escorregando na rima comum do amor e dor. Te Sei é, com certeza um dos mais belos e exatos livros de poemas de amor da confusa poetaria nacional. Seus poemas ferem, comovem, causam indagações sobre o enigmático jogo do amor. Te Sei a cada página é um susto, como uma desvairada paixão.”
Vinte anos depois e quatro reedições esgotadas, Te Sei foi transformado em espetáculo teatral, pela Cia Radar de Dança, e, ao invés de uma quinta reedição foi transformado em CD com os poemas recitados por mim com arranjos, samplers, mixagem e pesquisa e adaptação de trilha sonora feitos por Frddie do Estúdio Boa Onda. Os Cds também encontram-se esgotados.
CD
CD2
Bem…mais doze anos se passaram e, muitos livros publicados depois, o Te Sei retorna para ocupar novamente a cena, o que para mim é motivo de muita alegria e orgulho deste filho que completa 31 anos. Vamos ver o que o destino ainda nos reserva!
Grande abraço!
(Ludmila)

    

    3 pensamentos sobre “Eventos recentes

    1. Pingback: Ciranda de Poesia | ESPELHO D´ÁGUA

    2. Muito bom seu comentário sobre a Ciranda de Poesia, em seu blog Espelho D’Água. Foi um diálogo entre “Te Sei”” e “Sonhos Revelados” onde a poesia, a sexualidade, o erotismo foi o tema predominante, com suavidade e encantamento. De modo especial preciso agradecer ao público, pela presença e envolvimento. Agradecer ao Carlos Abranches pela intermediação músico-poético-filosófica e até espiritual que foi unindo nossas histórias, nossos poemas e a nossa construção poética. Ao Bola de Meia registro mais uma vez o carinho e atenção que sempre dispensou a mim e ao meu trabalho. Muito obrigado. Até agora ainda estou girando nesta Ciranda.
      José Antonio Braga Barros

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