Solto a minha orfandade ao vento.
Que ele me leve de volta ao lar. Busco os meus mas não os reconheço. Em que encruzilhada os perdi?
Solto a minha orfandade na água. E navego. A cada tempestade mais me afasto deste cais. Um profundo oceano me acolhe. No fundo só ossos e corais.
Solto a minha orfandade no fogo. Ela queima memórias e lembranças, e, nas cinzas, enfim, me reconheço: Eu, caminho de terra em mim!
Ludmila
Orfandade
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